17 abril, 2011

Sorry, Or Not

Dói, dói mais do que a dor existente em mim, mas do que a dor que eu previ poder aguentar.
Dói saber que eu não dei o valor necessário, mas, será que foi mesmo culpa minha?
Culpa por viver minha vida? Não, não foi minha culpa, te amei como pude.
Perdão por te querer bem, perdão por me querer bem também.
Meu coração comporta o que minha mente não suporta mais, Criança singela embalada por seus braços, Deixei a porta mais confiável em mim se abrir a você, abrir não, e-s-c-a-n-c-a-r-a-r , errei por exagero por me entregar no desespero do seu amor. 
Hoje choro, sofro, engulo meu orgulho e você não me dá esperanças nem retorno, Cabe a você saber que o eterno é uma válvula, e tal como uma, as vezes elas travam e endurecem, eu não quero e não vou ser assim, a eternidade é moldada a minha maneira, AGORA é de mim que estamos falando,
Hei de sorrir novamente, só não sei se você fará parte desse sorriso outra vez, Baby.



05 abril, 2011

Fases

Observo o horizonte, fecho os olhos para que seus primeiros raios sejam absorvidos por minha fina camada corpórea. Sinto-me voar, o vento a me levar contra o sol, partindo-me em duas metades, o hoje e o ontem.

No ontem, havia dor, tédio, incompreensão ;
Sorria, embora a Dor me fosse agúda, fazendo me segundos meu coração em pedaços.
Alegráva-me, embora o Tédio fosse como alcool destruindo meus ligamentos nervosos a cada palavra, sucumbindo-me em um coma desperto.
Questionava, embora respostas nunca me fossem dadas, Imcompreensão.

No hoje, eu nem sei quem sou, quem quero ser, o que fazer ou onde ir,
Posso enfim por um instante acalentar-me desse doce desafio ao qual apelidamos viver.
E porque não amar?
Amo, tudo que um dia não pude ter, porque deles posso tirar a ansiedade da memória e dos sonhos inimagináveis.
Desejo, tudo que poderei ter, porque me sinto completamente inebriada de loucura, imersamente confusa em por onde começar.
Adoro, a sensação de dúvida, o nó na garganta e o suor nas mãos, as pupilas dilatadas, a língua enrolada e o gosto de nervosismo na boca.
De repente o coração para, e então, sei que chegou o fim da agonia prazerosa, regada de risos, canções e amor, a-m-o-r.
Cada letra compondo uma palavra, uma palavra com gosto de indefinição.


I-n-f-i-n-i-t-o

Tristão & Isolda

 

                

                  " Meu rosto em teus olhos, o teu aos meus aparece,
                     Para os rostos se fundirem, o coração que ama investe,
                     Onde podemos achar dois hemisférios melhores?
                     Sem um gelado norte, sem o ocidentado oeste,
                     O que quer que morra nunca só,
                     Se nossos dois amores forem um só ou tivermos a mesma forma de amar,
                     Que nenhum possa esmorecer, e nem morrer. "