06 setembro, 2011

Antagonista


Eu te ouvi chorar, pela milionésima vez.
Dor, morte, agonia e rancor não me dominam mais.
Sei que o que te faz presente são os traços de felicidade existentes em mim.
Dependi de você por tempo irregular, por sugestão do passado.

Putrefar-se é o ato de se matar aos poucos,

Se deixar consumir por dentro numa dor agúda,
Mantendo com formaldeído o corpo na boa aparência.

Eu poderia descrever a minha vida em mil formas diferentes,

Uma para cada cor, uma para cada amor.
Não quero sua pena de mim, não quero nada de você..
Só quero tornar a sorrir, porque chorar..

Todo mundo não é o mundo todo,

O mundo é todo ao contrário do que queríamos que fosse,
Hipocrisia, palavra bonita, sentido deplorável.

Pequena criança, não me procure mais.

24 julho, 2011

Raízes de uma alma livre

Vozes de Outono ecoam por entre as folhas de maio,
Não podemos prever o futuro atravéz da clara luz penetrando os galhos.

Prendo-me a uma folha solta a dançar no vento, ou talvez, quisera eu ser a raíz de tal, momentaneamente presa a esta questão, me veio a mente que a liberdade adiquirida pela folha, me era mais adequada, ela ganhara os céus, livre de sua casa, de certo morreria seca dali a pouco, mas, vivera uma liberdade que as raízes não permitiam.

Precisamos abrir mão de algumas raízes, para ganharmos o mundo com liberdade, medo e uma confusa mescla de futura felicidade incerta.
A liberdade tem seu preço, O amor também.

16 maio, 2011

Sexta Feira 13

Áspero, é o som gutural que rompe por seus lábios.
Sorrisos, já não são mais tão comuns como de início.
Começava a acreditar que seu coração era pedra e pó, sem erosão heólica para lapidá-lo.
Semblante fosco, palidez mortal.
Fugiu-me o sangue ao deparar-me em tal situação, embaraçosa, a ponto extremo de encabular-me tocá-lo.


Oh! O que seria de mim? Presa a estas malditas lembranças, fotografadas para sempre em minha mente.
Dormirei? A ponto de descansar o corpo? Porque de certeza havia, que meu espírito jamais tornará a descansar.
Dispersa de meus devaneios futuros fui, por um raio do tempestuoso Junho, ao qual pude dar-me conta da faca empunhada, aveludada com a tua cor.


Por impulso, soltei-a, levando minhas mãos a face, exclamando um "Oh!" assustado, em seguida percebendo sua cor em minhas mãos, braços, pele.. Seu corpo agora dividido em várias carnes;
Corri a trancar-me em uma saleta cor de neve, a recordar o porquê de tudo. Lembrando-me de seus gritos e insultos, instigando minha maléfica vingança, julgando-me uma indefesa menina.
Empunhei a faca de trinchar, com um sorriso diabólico moldado aos lábios, sussurrei a meia voz macabra: "minha vez", Cortando-lhe de início ambos os braços, apavorado, corria, pintando agora a casa, com sua cor mundana.


Em seguida as pernas, impedindo-lhe a fuga, a cada passo e movimento alimentando o horror enclausurado em minhas veias, cortei-lhe os dedos, peitoral, deliciando-me com seus gritos, assim como você, quando se satisfazia cobrindo-me de escárnios e dolorosas agressões..


Acredito que minha expressão era deveras medonha, a ponto de olhar-me assustado, prossegui com minha imaginação, talhando-lhe pedaço por pedaço, retirando-lhe até a sua vangloriada masculinidade.. aah como diverti! E por fim, seu rosto, iniciando da boca até proximoa as orelhas, em ambos os lados.
Ao fim de minha reflexão vi meu radiante sorriso, a assombrosa mulher de fronte ao espelho, colorida de modo aveludado, sorria, estonteante, seus olhos brilhavam, era perturbador.. Insano.


Retornei a sala fúnebre, sem medo nem dor, apenas satisfação, arranquei-lhe o coração com destreza, queimando seu corpo e minhas vestes tingidas, juntamente com a casa. Peguei o carro, e dinheiro, armazenados pelo agora, ridículo habitante sobrenatural. Seu coração joguei aos abutres, que a princípio recusaram-se a comer tal "oferta", o que fez-me rir, gargalhar, na verdade.


Dei partida sem olhar para trás, em rumo ao desconhecido, sedenta de amor e sangue.
Ali nascia uma nova criança, em um mundo que jamais tornaria a dormir.. em silêncio!



05 maio, 2011

Pain

Existem momentos na vida, intensos e duradouros,
Momentos em que acreditamos ter encontrado a felicidade infinita,
E outros tão dolorosos como os primeiros, 
Mas se a dor é atribuída ao sofrimento e 
Os sofrimentos aos sofredores então
Sistematicamente nunca foram felizes e 
Se não foram felizes conheceram apenas a dor.

17 abril, 2011

Sorry, Or Not

Dói, dói mais do que a dor existente em mim, mas do que a dor que eu previ poder aguentar.
Dói saber que eu não dei o valor necessário, mas, será que foi mesmo culpa minha?
Culpa por viver minha vida? Não, não foi minha culpa, te amei como pude.
Perdão por te querer bem, perdão por me querer bem também.
Meu coração comporta o que minha mente não suporta mais, Criança singela embalada por seus braços, Deixei a porta mais confiável em mim se abrir a você, abrir não, e-s-c-a-n-c-a-r-a-r , errei por exagero por me entregar no desespero do seu amor. 
Hoje choro, sofro, engulo meu orgulho e você não me dá esperanças nem retorno, Cabe a você saber que o eterno é uma válvula, e tal como uma, as vezes elas travam e endurecem, eu não quero e não vou ser assim, a eternidade é moldada a minha maneira, AGORA é de mim que estamos falando,
Hei de sorrir novamente, só não sei se você fará parte desse sorriso outra vez, Baby.



05 abril, 2011

Fases

Observo o horizonte, fecho os olhos para que seus primeiros raios sejam absorvidos por minha fina camada corpórea. Sinto-me voar, o vento a me levar contra o sol, partindo-me em duas metades, o hoje e o ontem.

No ontem, havia dor, tédio, incompreensão ;
Sorria, embora a Dor me fosse agúda, fazendo me segundos meu coração em pedaços.
Alegráva-me, embora o Tédio fosse como alcool destruindo meus ligamentos nervosos a cada palavra, sucumbindo-me em um coma desperto.
Questionava, embora respostas nunca me fossem dadas, Imcompreensão.

No hoje, eu nem sei quem sou, quem quero ser, o que fazer ou onde ir,
Posso enfim por um instante acalentar-me desse doce desafio ao qual apelidamos viver.
E porque não amar?
Amo, tudo que um dia não pude ter, porque deles posso tirar a ansiedade da memória e dos sonhos inimagináveis.
Desejo, tudo que poderei ter, porque me sinto completamente inebriada de loucura, imersamente confusa em por onde começar.
Adoro, a sensação de dúvida, o nó na garganta e o suor nas mãos, as pupilas dilatadas, a língua enrolada e o gosto de nervosismo na boca.
De repente o coração para, e então, sei que chegou o fim da agonia prazerosa, regada de risos, canções e amor, a-m-o-r.
Cada letra compondo uma palavra, uma palavra com gosto de indefinição.


I-n-f-i-n-i-t-o

Tristão & Isolda

 

                

                  " Meu rosto em teus olhos, o teu aos meus aparece,
                     Para os rostos se fundirem, o coração que ama investe,
                     Onde podemos achar dois hemisférios melhores?
                     Sem um gelado norte, sem o ocidentado oeste,
                     O que quer que morra nunca só,
                     Se nossos dois amores forem um só ou tivermos a mesma forma de amar,
                     Que nenhum possa esmorecer, e nem morrer. "

30 março, 2011

Amar

Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados amar?
.
Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
.
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o cru,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave
de rapina.Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
.
Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita. 

Carlos Drummond de Andrade
.

24 março, 2011

' Quero crescer e acreditar que meu coração não será apenas mais uma porta na sua vida , que meus sentimentos não serão jogados ao vento em terras que não poderão ser semeados nunca.
Quero crescer e aprender a amar todos os dias, com sorrisos e suor nas palmas das mãos.
Quero viver livre e sempre com um calor no peito, com você e o vento. '

08 março, 2011

Carnevale ,

Pernambuco:
Frevo, Maracatu.

Bahia:
Samba de Roda, Axé, Swingue.

Rio de Janeiro:
Surdo de primeira, Surdo de segunda, Surdo de terceira, Caixa de guerra, Repique, Chocalho, Tamborim, Cuíca, Agogô, Reco-reco, Pandeiro e Prato.

Elementos essenciais em uma típica temporada de alegria que encanta o Brasil,
acompanhando de confete, serpentina, muito sol e diversidade musical.
Óh carnavais antigos de outra época em que não se sabia o que era sexo em público.
Óh carnavais d'outrora em suas ruas inclinadas com roupas extravagantes,
Sorrir era o gesto mais gratificante, máscaras, sonhos e amores.
Andar de braços dados com um desconhecido ao som dos blocos ecoando suas gargalhadas.
Exibir seu lado mais recatado e reservado em uma caracterização própria,
Com passos e corações acelerados ;

Alegria é Carnaval, não o mesmo de antes, a tradição ainda vive,
O Frevo, o Samba e a mescla cultural.

Meu amigo não me leve a mal, Sorria pois é Carnaval!

24 fevereiro, 2011

Me,

Só porque eu mudo do nada e simplismente fico mais quieta acham que estou doente. só porque eu fico na minha e de repente falo tudo que penso e acho, dizem que estou sendo ignorante. só porque me iludi uma vez, acham que vou me iludir todas as vezes que eu amar. só porque sou realista, enxergo todos os detalhes e digo a verdade me acham estranha. mas a verdade é que todos vêem o mundo de apenas uma única maneira, porque são toscos demais para poder enxergar a verdade que se encontra a um palmo debaixo de suas narinas.

                                                                                                    

                                                                                                             
                                                                                                                                     Dayane M Costa .

16 fevereiro, 2011

Ouço

ruídos altos e impactantes,
agora, não ouço nada.
meus olhos alcançam o horizonte cruel
desenhado em minha mente.
sangue, o vermelho vivo que jorra dos corpos
de meus companheiros na batalha.
não sei se me arrependo por estar aqui
ou se corro na direção de minha provável morte
parado não estou, parado não ficarei
audívelmente bloqueado, sinto algo em mim se esvair.
oh céus! não corri em sua direção, você me encontrou.
uma cor quente e macia me pintava enquanto me sentia esvaziar.
em meu peito um pedaço de meu diário secreto,
em minha última noite, me atrevi apenas a citar em um garrancho curvado:

" - Soltem esses malditos peões  de guerra,
     Soltem as armas, fuzis, bombas e infantarias,
     Soltem seus malditos 'N'
     Soltem essa inútil batalha por poder.
     Não desisto de minha pátria, nem da paz mundial
     Apenas luto por meus ideais, e pela derrota de vocês."

Lutei por um futuro melhor, ou melhor, lutei por um futuro.
não sei como será após eu partir, deixarei algumas lágrimas, saudade, um pouco de tristeza e orgulho.
Vejo minhas mãos tingidas, não ouço nada, sinto tremores e cheiro forte de pólvora e fumaça,
olho o céu enquanto os anjos de guarda passam sobre minha cabeça.

Sorrio, lutei como pude, o legado é de vocês.

04 fevereiro, 2011

Lamento,

se sorri inapropriadamente, seu olhar sorrateiro,
denunciando sua vontade eminente.
nunca fui, nem de longe, uma criatura sensata,
acreditando mais na beleza de minhas ações
do que nas suas consequências.

dei-lhe minha mão como de praxe, sorri e deixei-me ser conduzida
como toda alma feminina de minha época,
valsamos alguns instantes, sem permanecer próximos por mais de meio minuto.

após nossa estreita aproximação física não pude deixar de olhá-lo,
logo fui repreendida, mas, a criança que vos escreve é mais atrevida sentimentalmente,
do que algumas damas de conduta duvidosa.

sustentei o olhar e um largo sorriso iluminando minha face,
apesar de um contato rápido e intenso,
pelo menos para mim, pude sentir uma pontada de ciúmes
quando o vi valsar com outra.

ele dirigiu um olhar idêntico ao que me afeiçoei,
só então dei-me conta que,
o que é agradável aos olhos,
não faz bem ao coração ;

Amanhece,

após uma noite de breu incontestável,
onde a lua por muitas vezes única conselheira,
testemunha de diversas dores e amores,
indiscutivelmente bela, rendeu-se ao dia.

acostumado por trazer sorrisos e sem conseguir absorver o mínimo de culpa,
por sustentar emblemas de falsas alegrias em faces de bronze,
inútil sorriso de dor extrema, sorriso de alma doente

o destino não lhe foi agradável, a vida não lhe foi justa,
e qual vida para nós, pobres e vagantes mortais não é ?
sujeitos a sacrificar nossa pureza de alma e coração sinceros,
por uma vida digna de carne, sangue e luxo.

lhes confesso que por noites observava o breu impenetrável,
buscando uma resposta contraditória , um sorriso em faces de ouro,
um coração e alma de sol resplandecentes,
beijo-lhe a face d'ouro, dou-lhe a face de bronze,
restando apenas o coração de carne.

30 janeiro, 2011

Jovem

" Existe apenas uma idade para sermos felizes, apenas uma época da vida de cada pessoa em que é impossível sonhar, fazer planos e ter energia suficiente para os realizar apesar de todas as as dificuldades e todos os obstáculos.
Uma só idade para nos encantarmos com a vida para vivermos apaixonadamente e aproveitarmos tudo com toda a intensidade, sem medo nem culpa de sentir prazer. Fase dourada em que podemos criar e recriar a vida a nossa própria imagem e semelhança, vestirmo-nos de todas as cores, experimentar todos os sabores e entregarmo-nos a todos os amores sem preconceitos nem pudor. 
Tempo de entusiasmo e coragem em que toda a disposição de tentar algo de novo e de novo quantas vezes for preciso. Essa idade tão fugaz na nossa vida chama-se presente e tem duração do instante que passa. "


                                                                                                            ' Mário Quintana

11 janeiro, 2011

Bárbara Drielly

Miiinha criança, aah amiga você sabe o quanto é importante pra mim e se por acaso não souber eu faço questão de dizer: você é minha melhor amiga, meu apoio, minha irmã, minha escrava k² ; ( ta eu parei u_ú ) Só você me conhece tão bem que me irrita as vezes, você me protege da mesma maneira ou até mais do que eu protejo você.
Quantas vezes você ficou do meu lado enquanto eu chorava, quantas vezes você me abriu os olhos, quantas vezes você me fez sorrir enquanto eu me afundava em tristeza, miiiinha companheira de loucuras, só você tem a mesma falta de mentalidade que eu quando agimos como criança, só você vê graça nas minhas infantilidades momentânias, nas minhas piadas toscas, só em você eu posso bater porque sei que a brincadeira nunca vai acabar. >< '


São 3 anos e 6 mêses de amizade muito bem construída, não podemos negar que no meio desse trajeto, gritamos, rimos, choramos, brigamos, e tudo isso serviu pra fortalecer o que é evidentemente eterno. Nossa amizade surgiu tão repentinamente que nenhuma das duas tinha ideia que seria assim, somos praticamente inseparáveis, ' Day tu vai de salto? ' quantas mil vezes você me perguntou isso, k².


É praticamente uma regra, quando acontece uma coisa imediatamente a outra sabe, e sempre foi assim, eu tinha muitos defeitos, ainda tenho, mas a questão é que grande parte deles você ajudou a mudar, sou imensamente grata por ter uma amiga como você, agradeço a Deus por colocar você no meu caminho. Fico feliz em ter ajudado você em cada momento complicado e estar do seu lado nos mais felizes também, de poder ajudar você a verdadeiramente ouvir (sabe perfeitamente do que eu falo); Eu sempre disse que você seria e será ainda mais feliz, e não menti não é ? Desejo tudo de melhor pra você sempre meu piolhinho *-* '
Tenho defeitos, eu grito, eu exagero, eu implico, mas tudo é pelo seu bem e sabe disso porque eu te amo tanto que não quero vê-la magoada, triste e arrependida de nada, e me perdoe por magoar, irritar e gritar com você, porque sei que o fiz, peco antes por excesso do que por falta.

Eternamente minha melhor amiga EMO descontrolada, louca e conselheira.



01 janeiro, 2011

Sentirei Falta,

Daqueles dias escaldantes de Verão que me tiravam o fôlego,
Daquelas tardes prazerozas de Outono com sua brisa leve a me sussurrar,
Daquelas irresistíveis noites de Inverno com sua meia lua,
Céu Semi-encoberto, Luzes da povoada cidadezinha de interior esperando o amanhecer.
O cochicho das ruas vazias, um segredo parcialmente encoberto,
O cheiro acridoce, abafado e ao mesmo tempo o frio da temperatura sensível à pele.

Sou mesmo suspeita por ser uma apaixonada pelas estações e por minha terra,
Descobrindo seu encanto mesmo no movimentado Sábado costumeiro.

Não me atrevo a fazer grandes narrações,
Sou um criança ainda frágil embalada nos braços de uma época sem retorno,
E a quem na posterioridade esta a ler, aceite minhas singelas desculpas por meu interior não ser mais assim,
Açucarado, Quente, Inebriante, fixados assim em minha memória.

E quando eu chorar, sorria.
Pode ser que a dor esteja indo embora,
Ou a saudade me marcando outra vez ;

31.12.2010

"Adeus minha criança, agora eu tenho que crescer"