05 abril, 2011

Fases

Observo o horizonte, fecho os olhos para que seus primeiros raios sejam absorvidos por minha fina camada corpórea. Sinto-me voar, o vento a me levar contra o sol, partindo-me em duas metades, o hoje e o ontem.

No ontem, havia dor, tédio, incompreensão ;
Sorria, embora a Dor me fosse agúda, fazendo me segundos meu coração em pedaços.
Alegráva-me, embora o Tédio fosse como alcool destruindo meus ligamentos nervosos a cada palavra, sucumbindo-me em um coma desperto.
Questionava, embora respostas nunca me fossem dadas, Imcompreensão.

No hoje, eu nem sei quem sou, quem quero ser, o que fazer ou onde ir,
Posso enfim por um instante acalentar-me desse doce desafio ao qual apelidamos viver.
E porque não amar?
Amo, tudo que um dia não pude ter, porque deles posso tirar a ansiedade da memória e dos sonhos inimagináveis.
Desejo, tudo que poderei ter, porque me sinto completamente inebriada de loucura, imersamente confusa em por onde começar.
Adoro, a sensação de dúvida, o nó na garganta e o suor nas mãos, as pupilas dilatadas, a língua enrolada e o gosto de nervosismo na boca.
De repente o coração para, e então, sei que chegou o fim da agonia prazerosa, regada de risos, canções e amor, a-m-o-r.
Cada letra compondo uma palavra, uma palavra com gosto de indefinição.


I-n-f-i-n-i-t-o

2 comentários:

  1. Oi,gostei dos seus textos e sempre vou voltar
    estou te seguindo,e se puder me siga também:
    http://detudoquerealmenteimporta.blogspot.com/
    beijos :*

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