se sorri inapropriadamente, seu olhar sorrateiro,
nunca fui, nem de longe, uma criatura sensata,
acreditando mais na beleza de minhas ações
do que nas suas consequências.
dei-lhe minha mão como de praxe, sorri e deixei-me ser conduzida
como toda alma feminina de minha época,
valsamos alguns instantes, sem permanecer próximos por mais de meio minuto.
após nossa estreita aproximação física não pude deixar de olhá-lo,
logo fui repreendida, mas, a criança que vos escreve é mais atrevida sentimentalmente,
do que algumas damas de conduta duvidosa.
sustentei o olhar e um largo sorriso iluminando minha face,
apesar de um contato rápido e intenso,
pelo menos para mim, pude sentir uma pontada de ciúmes
quando o vi valsar com outra.
ele dirigiu um olhar idêntico ao que me afeiçoei,
só então dei-me conta que,
o que é agradável aos olhos,
não faz bem ao coração ;
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