04 fevereiro, 2011

Lamento,

se sorri inapropriadamente, seu olhar sorrateiro,
denunciando sua vontade eminente.
nunca fui, nem de longe, uma criatura sensata,
acreditando mais na beleza de minhas ações
do que nas suas consequências.

dei-lhe minha mão como de praxe, sorri e deixei-me ser conduzida
como toda alma feminina de minha época,
valsamos alguns instantes, sem permanecer próximos por mais de meio minuto.

após nossa estreita aproximação física não pude deixar de olhá-lo,
logo fui repreendida, mas, a criança que vos escreve é mais atrevida sentimentalmente,
do que algumas damas de conduta duvidosa.

sustentei o olhar e um largo sorriso iluminando minha face,
apesar de um contato rápido e intenso,
pelo menos para mim, pude sentir uma pontada de ciúmes
quando o vi valsar com outra.

ele dirigiu um olhar idêntico ao que me afeiçoei,
só então dei-me conta que,
o que é agradável aos olhos,
não faz bem ao coração ;

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